Por um segundo Judas
hesitou. Mas logo se imaginou sentado em um trono de ouro e pedras preciosas
sendo reverenciado como rei. Todos inclusive Heber e Elão se ajoelhado diante
dele. Aqueles malditos que tanto me humilharam pagaram muito caro por isso,
pensava ele. E desenhou o mapa.
Assim que terminou, Ninrod
ordenou que Judas fosse levando para a tenda do rei e que as servas oferecessem
os todos os cuidados adequados para o futuro rei dos semitas. Assim que Judas
saiu Ninrod falou:
- Anamin, mande um
pelotão verificar esta passagem, se for como nosso amigo disse, eles deverão
entrar na cidade e abrir os portões. Ninrod, meu filho, assuma o comando da
cavalaria. Organizem os batalhões, aqueles que puderem andar devem se preparar,
tomando posição próxima à cidade, em silêncio e disfarçados. Assim que os portões
forem abertos devem atacar e matar todos os que estiverem na cidade. Não
destruam nada. Tudo o que estiver na cidade me pertence. Eu darei a recompensa
mais tarde. Agora vão! Amanhã quando despertar, quero que a cidade esteja sob
meu poder! Estou cansado! - Fez sinal para suas concubinas e se retirou para
seus aposentos onde elas satisfizeram os desejos de seu rei.
Imediatamente Anamim e
Ninrod II partiram para executar suas ordens. A passagem levava diretamente par
dentro das muralhas e os homens de Anamim não encontraram resistência, pois
Pelegue não ordenou que houvesse guardas ali, achando que ninguém conheceria os
esgotos de Gilgal no exercito atacante. Por volta das três horas da manhã os
três portões foram abertos. De um único assalto o exercito invadiu a cidade.
As sentinelas no alto
das muralhas mal tiveram tempo para soar o alarme. Felizmente a maior parte dos
Semitas estava dentro da sétima muralha e houve tempo para fechá-la. Mas todos
os que não conseguiram recuar a tempo foram mortos imediatamente. Pelegue a se
dar conta da situação, intentou reagir, mas as maiorias das armas estavam nos
depósitos da primeira muralha. A expulsão dos invasores era impossível.
Então, fez chamada aos
seus homens, cerca de cinco mil estava ali. Os outros, àquela hora estavam
mortos. Destes apenas, trezentos e dezoito estava completamente armados, os
outros mal tiveram tempo para correr e se salvar. Assim ordenou que os que
estavam desarmados partissem imediatamente para El-zedeque e alertassem Elão,
dizendo que Gilgal estava perdida e que deveriam dobrar as medidas de proteção,
pois um dos Semitas os havia traído. Recebidas as ordens imediatamente
embarcaram nos aerotransportes e partiram a toda velocidade.
Para os trezentos e dezoito que ficaram. Os
organizou em seis pelotões e mandou que preparasse para defender a muralha
central até pela manhã. Assim que o sol raiasse, todos deveriam decolar com os
aerotransportes de ataque e destruir os arsenais, os depósitos de comida e
água, e avariar o máximo possível às muralhas. Pois se Ninrod ficassem com tudo
intacto teriam mais forças para atacar El-zedeque.
Arduamente os homens
lutaram até amanhecer. A cada minuto mais e mais soldados entravam em Gilgal,
porém, antes de ir para o ataque à sétima muralha eles vasculhavam cada casa em
busca de qualquer coisa de valor. Iam destruindo tudo pelo caminho. Assim que o
sol nasceu, Peleque, que lutava sobre as muralhas juntamente com seus homens
deu o sinal para partirem. Em poucos minutos todos estavam sobrevoando, cada
pelotão indo para os seus alvos. Por um segundo, cada soldado hesitou em
bombardear a cidade, que na manhã anterior defenderam. Pelegue precisou ordenar
que disparassem. Assim, ao mesmo tempo, soltaram as bombas sobre Gilgal. Os
principais pontos da cidade foram destruídos em questão de minutos, começou um
incêndio que se espalhou pela cidade toda, grande parte das muralhas ruiu logo
a seguir.
Os trezentos e dezoito
choraram ver a cidade em
chamas. E partiram para El-zedeque.
Ninrod fora acordado
pelo barulho das explosões. Quando saiu da sua tenda e viu os aerotransportes
destruindo a cidade se enfureceu de tal maneira que espancou até a morte uma
serva que o acompanhara para ver o que se passava. Então, foi tomado por um
ódio tão intenso que jurou destruir a todos os semitas ele não deixaria um
vivo.
As chamas consumiram
Gilgal por sete dias e sete noites. Morreram cerca de oitenta mil soldados que
não conseguiram sair. Quando as chamas se extinguiram, muitos homens começaram
a escavar os escombros ainda fumegantes na esperança de encontrar algum desposo
de valor.
Ninrod enviou
mensageiros para Babel ordenando que fossem enviados mais soldados, pois em
dois dias de combates duzentos e trinta mil soldados morreram, mais de um terço
do exercito. Ele precisaria de reforços e de mais provisões, pois os semitas
não haviam deixado nenhum grão para trás.
E partiu com o cerca de
trezentos e oitenta e seis mil homens para começar o cerco de El-zedeque. Armou
acampamento nas proximidades da Torre do Campo, a três quilômetros da entrada
de El-zedeque. Judas seguia com ele, entregando-se a todos os desejos lascivos em
que era iniciado por Ninrod e suas mulheres.
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