quarta-feira, 12 de outubro de 2011

41. A queda de Gilgal



Por um segundo Judas hesitou. Mas logo se imaginou sentado em um trono de ouro e pedras preciosas sendo reverenciado como rei. Todos inclusive Heber e Elão se ajoelhado diante dele. Aqueles malditos que tanto me humilharam pagaram muito caro por isso, pensava ele. E desenhou o mapa.
Assim que terminou, Ninrod ordenou que Judas fosse levando para a tenda do rei e que as servas oferecessem os todos os cuidados adequados para o futuro rei dos semitas. Assim que Judas saiu Ninrod falou:
- Anamin, mande um pelotão verificar esta passagem, se for como nosso amigo disse, eles deverão entrar na cidade e abrir os portões. Ninrod, meu filho, assuma o comando da cavalaria. Organizem os batalhões, aqueles que puderem andar devem se preparar, tomando posição próxima à cidade, em silêncio e disfarçados. Assim que os portões forem abertos devem atacar e matar todos os que estiverem na cidade. Não destruam nada. Tudo o que estiver na cidade me pertence. Eu darei a recompensa mais tarde. Agora vão! Amanhã quando despertar, quero que a cidade esteja sob meu poder! Estou cansado! - Fez sinal para suas concubinas e se retirou para seus aposentos onde elas satisfizeram os desejos de seu rei.
Imediatamente Anamim e Ninrod II partiram para executar suas ordens. A passagem levava diretamente par dentro das muralhas e os homens de Anamim não encontraram resistência, pois Pelegue não ordenou que houvesse guardas ali, achando que ninguém conheceria os esgotos de Gilgal no exercito atacante. Por volta das três horas da manhã os três portões foram abertos. De um único assalto o exercito invadiu a cidade.
As sentinelas no alto das muralhas mal tiveram tempo para soar o alarme. Felizmente a maior parte dos Semitas estava dentro da sétima muralha e houve tempo para fechá-la. Mas todos os que não conseguiram recuar a tempo foram mortos imediatamente. Pelegue a se dar conta da situação, intentou reagir, mas as maiorias das armas estavam nos depósitos da primeira muralha. A expulsão dos invasores era impossível.
Então, fez chamada aos seus homens, cerca de cinco mil estava ali. Os outros, àquela hora estavam mortos. Destes apenas, trezentos e dezoito estava completamente armados, os outros mal tiveram tempo para correr e se salvar. Assim ordenou que os que estavam desarmados partissem imediatamente para El-zedeque e alertassem Elão, dizendo que Gilgal estava perdida e que deveriam dobrar as medidas de proteção, pois um dos Semitas os havia traído. Recebidas as ordens imediatamente embarcaram nos aerotransportes e partiram a toda velocidade.
 Para os trezentos e dezoito que ficaram. Os organizou em seis pelotões e mandou que preparasse para defender a muralha central até pela manhã. Assim que o sol raiasse, todos deveriam decolar com os aerotransportes de ataque e destruir os arsenais, os depósitos de comida e água, e avariar o máximo possível às muralhas. Pois se Ninrod ficassem com tudo intacto teriam mais forças para atacar El-zedeque.
Arduamente os homens lutaram até amanhecer. A cada minuto mais e mais soldados entravam em Gilgal, porém, antes de ir para o ataque à sétima muralha eles vasculhavam cada casa em busca de qualquer coisa de valor. Iam destruindo tudo pelo caminho. Assim que o sol nasceu, Peleque, que lutava sobre as muralhas juntamente com seus homens deu o sinal para partirem. Em poucos minutos todos estavam sobrevoando, cada pelotão indo para os seus alvos. Por um segundo, cada soldado hesitou em bombardear a cidade, que na manhã anterior defenderam. Pelegue precisou ordenar que disparassem. Assim, ao mesmo tempo, soltaram as bombas sobre Gilgal. Os principais pontos da cidade foram destruídos em questão de minutos, começou um incêndio que se espalhou pela cidade toda, grande parte das muralhas ruiu logo a seguir.
Os trezentos e dezoito choraram ver a cidade em chamas. E partiram para El-zedeque.
Ninrod fora acordado pelo barulho das explosões. Quando saiu da sua tenda e viu os aerotransportes destruindo a cidade se enfureceu de tal maneira que espancou até a morte uma serva que o acompanhara para ver o que se passava. Então, foi tomado por um ódio tão intenso que jurou destruir a todos os semitas ele não deixaria um vivo.
As chamas consumiram Gilgal por sete dias e sete noites. Morreram cerca de oitenta mil soldados que não conseguiram sair. Quando as chamas se extinguiram, muitos homens começaram a escavar os escombros ainda fumegantes na esperança de encontrar algum desposo de valor.
Ninrod enviou mensageiros para Babel ordenando que fossem enviados mais soldados, pois em dois dias de combates duzentos e trinta mil soldados morreram, mais de um terço do exercito. Ele precisaria de reforços e de mais provisões, pois os semitas não haviam deixado nenhum grão para trás.
E partiu com o cerca de trezentos e oitenta e seis mil homens para começar o cerco de El-zedeque. Armou acampamento nas proximidades da Torre do Campo, a três quilômetros da entrada de El-zedeque. Judas seguia com ele, entregando-se a todos os desejos lascivos em que era iniciado por Ninrod e suas mulheres.

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