sexta-feira, 28 de outubro de 2011

49. Pós-ludio



Heber olhou para a baia que se abria a frente do porto de Atlântida, desde que chegará, sofrera muito com os invernos rigorosos, mas nesse ano, eles descobriram como aquecer a cidade, mantendo uma temperatura agradável durante todo o ano. Diariamente ele pensava porque o Deus Altíssimo havia agido daquela forma. Em breve completaria quatrocentos e trinta e oito anos. A sociedade de Atlântida manteve-se fiel a todas as determinações do Altíssimo. Prosperaram muitíssimo, suas técnicas e conhecimentos eram soberbos. Mas no seu coração, pesava esta pergunta. Então, naquela manhã, ele viu, caminhando ao seu lado, um homem, vestido todo de branco, que lhe dirigiu a palavra:
- Heber, porque esta pergunta lhe aflige tanto o coração? Desde sua chegada aqui, sempre, em suas orações você a faz?
Imediatamente, Heber prostrou-se e adorou. E falou:
- Senhor, por quê?
- Filho meu, todas as coisas foram criadas para seus determinados fins. O fim dos homens é que me glorifiquem. No tempo devido, que Eu determinei, tudo se completará. Todos, tanto os que forem para a salvação, quanto para perdição, verão minha misericórdia e entenderão meus desígnios. Tudo o que foi, e ainda há de ser, será para que Eu seja glorificado.
Ao terminar de falar se retirou.
Heber glorificou ao Deus Altíssimo. A partir daquele dia orou para que a fosse feita conforme a vontade d’Ele.
Passados alguns dias, comemorou-se o seu aniversário, as festividades foram muitas durante os dias que antecederam a data, todas em homenagem ao patriarca. Então, já tarde da noite, Heber se retirou para seus aposentos, deixou-se e pouco antes de pegar no sono disse:
- Obrigado Senhor!...
E morreu velho e farto de dias. Satisfeito por tudo o que recebera das mãos de Deus.

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