Era o sétimo dia, do
centésimo primeiro ano, quando as tropas de Ninrod começaram a se movimentar.
Batedores foram enviados para encontrar um caminho pelas montanhas. Enquanto a
maior parte dos exércitos, sob a supervisão de Anamin, drenava os pântanos de
Genesaré. Começaram desviando o curso do rio Jordão, cerca de quarenta
quilômetros ao norte. Depois cavaram uma imensa vala para canalizar as águas
restantes. No décimo sétimo dia do segundo mês, o lago de Genesaré estava seco.
Então, começaram a construir as máquinas de guerra, a uma distância segura.
Dentro de El-zedeque as
tropas semitas observavam incrédulas as ações dos Canitas. Porém Elão e Pelegue
não deram ordens de atacar.
No primeiro dia, do terceiro
mês, teve inicio a grande batalha.
Ao alvorecer todo o
exercito Canita colocou-se em posição de ataque, porém, não atacou por outros
sete dias, apenas faziam grande barulho desde o alvorecer até ao anoitecer.
Assim fizeram por sete dias. Após, nos sete dias seguintes, ao cair da noite,
faziam grande barulho, durante toda a noite. Desde o anoitecer até o alvorecer.
Por mais sete dias agiram assim.
Assim, na noite do
décimo quinto dia, não fizeram barulho, mas armaram suas máquinas de guerra.
Pois os defensores de El-zedeque, estavam dormindo. E quando o sol raiou,
lançaram o ataque contra a primeira muralha e a torre do lago. Conseguiram
tomar a torre do lago no primeiro ataque que fora feito. Pelegue foi acordado
pelos sons de batalha e ordenou que os pelotões tomassem suas posições,
comandou bravamente, e conseguiu afastar os atacantes da primeira muralha. Mas
não conseguiu recuperar a torre.
Desde o décimo quinto
dia até o vigésimo primeiro dia do terceiro mês, os Canitas faziam ataques em
horários irregulares, ora atacavam de manhã, ora à tarde, e invariavelmente,
todas as noites realizavam pequenas incursões. Deixando os soldados Semitas
extenuados. Então no vigésimo primeiro dia foi desferido outro grande ataque,
desta vez, longo após o anoitecer. Os Canitas conseguiram avariar a primeira
porta. Mas os homens desta vez comandados por Elão conseguiram expulsar os
atacantes. Quando amanheceu e os exércitos de Ninrod batiam em retirada, um dos
arqueiros disparou uma flecha a esmo que feriu Elão no olho direito,
encravando-se no seu crânio, e morreu instantaneamente. Por três dias, todo o
vale de Éden, permaneceu de luto.
Judas, que estava com
Ninrod, sentia-se como um rei, completamente absorto dos prazeres que Ninrod
lhe proporcionada. Cada vez que se encontravam, Judas falava mais e mais das
riquezas e objetos de valor que havia em El-zedeque e dentro do vale. E assim,
Ninrod, sentia o seu desejo de possuir aquela riquezas aumentar, e seu ódio,
por ter sido privado disso à muito tempo, tornava-se desmedido. Em suas
conversas o traidor havia dito que o ponto mais vulnerável de El-zedeque era o
porto. Anamin, o general de Ninrod, verificou tal informação e constatou que,
de fato, era verdade. Assim a partir daí, aguardava ansiosamente o dia da
chegada dos reforços que viriam por mar.
A fúria de Ninrod
chegou a tal ponto que todos os dias eram ordenados ataques as muralhas, e ele
mesmo, tomava parte das frentes de combates. Mas graças as suas soberbas
defesas El-zedeque permanecia impassível. Enquanto os Canitas viam seus homens
morrerem como ratos diante das armas superiores dos Semitas. O lago de Genesaré
estava completamente cheio de cadáveres, o cheiro de morte tornava o ar da
cidade insuportável, por isso, os moradores foram para Betel. No acampamento de
Ninrod, foi imposto severo racionamento de viveres, ao ponto de alguns se
alimentarem dos mortos.
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