segunda-feira, 24 de outubro de 2011

48. A Divisão



Então, no mesmo momento em que Joctã, chegava a Atlântida, e Ninrod deixava El-zedeque, que quer dizer Justiça de Deus, houve grande estrondo e a terra tremeu. E se ouviu, em toda parte, uma voz forte como trovão, que dizia:
-“Eis que esta terra esta coberta de maldade, cheia da violência dos homens. Eis que são um só povo e a língua é uma só, suas vidas são longas, logo não haverá limite para os intentos de seus corações. Meu espírito não mais lhes dará tanta longevidade, a partir de hoje vocês viveram cento e vinte anos. Não serão um povo e uma língua. E as terras não serão uma só. Dividirei e confundirei a terra!”.
E eis, que houve grande tremor, as terras moviam-se como que barcos lançados de lado para o outro em uma tempestade. Um anjo do Senhor desceu e confundiu o modo de falar dos homens, de tal forma que um não conseguia entender o outro.
Quando a terra cessou de tremer, os continentes estavam divididos e vários pedaços. O vale de Éden afundara sob as águas, para que ninguém, jamais, encontrasse as maravilha que ali, foram construídas. A ilha de Atlântida vogou para o extremo sul, onde prosperou, protegida para sempre, pela mão dos anjos do Senhor, pois jamais alguém deveria encontrar, novamente, o caminho para lá, até o Dia Final.
Pelegue voltou, para onde, outrora ficava a cidade de Babel, e viu que estava abandonada. A torre que era o orgulho de Ninrod, afundara completamente e no local havia um grande lago. Então seguiu com sua família para o norte, margeando o rio, que chamou Eufrates, como o que havia no Éden, e edificou a cidade de Ur.
Sendo, Pelegue já velho, nasceu o bisneto de seu neto. Quando lhe trouxeram a criança um anjo do Deus Altíssimo lhe apareceu e disse:
- “Nesta criança serão benditas todas as nações da terra. Ele será o pai de numerosas nações!”.
E o anjo se retirou. Pelegue muito se alegrou e bendisse o nome do Deus Altíssimo. Aquele que redime os seus escolhidos. E morreu.

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