sábado, 22 de outubro de 2011

47. Os escolhidos



Na noite em que caria o sétimo portão, um anjo do Senhor, percorreu todo o vale de Éden, marcando, com um sinal, a fronte daqueles que o Senhor escolherá, aqueles haviam se convertido ao Senhor e lhes ordenou que fossem para Cafarnaum.
Pelegue e o restante de seus homens foram para Cafarnaum e impediram a entrada de qualquer pessoa que não tivesse a marca em sua fronte nos portos subterrâneos. O total daqueles que foram marcados era quatorze mil e quatrocentos. Mas não havia navios suficientes para tantas pessoas.
Em Cafarnaum, havia grande tumulto. Aqueles que não foram marcados estavam desesperados, alguns choravam, outros se entregavam aos instintos, destruíam, matavam e se matavam, praticavam orgias, blasfemavam o nome do Deus Altíssimo. Tentavam entrar nos portos destruir tudo. A loucura havia tomado conta de todos os que ficaram para trás. Dentro da cidade subterrânea, os únicos que não tinham a marca, era a família de Pelegue.
Pelegue e seus soldados lutavam, para manter afastados os seus próprios conterrâneos. Enquanto esperavam, eis que a frota de Joctã retornou. Ao vê-lo Pelegue, ficou muito alegre e perguntou por que ele voltara. Joctã lhe respondeu que um anjo lhe dera a ordem e ele veio imediatamente, chegando no momento exato. Pois Ninrod entrara em Cafarnaum naquele momento.
Então, Pelegue fortificou a entra da cidade subterrânea o melhor que pode, enquanto os escolhidos embarcavam. Assim que os navios recebiam seus passageiros, partiam para Atlântida. No último navio Pelegue embarcou com sua Família, logo que zarparam e deixavam o porto, Ninrod invadiu a cidade subterrânea.
Os exércitos de Ninrod saquearam as cidades, matavam os homens e violentavam as mulheres e crianças. Durante quarenta e dois dias percorreram o Vale de semeando destruição. Após matarem todos os que ficaram para trás e saquearem a cidade, cada homem carregava quase três vezes seu peso em ouro, prata e pedras preciosas, A quantidade dos animais que capturaram era incalculável. Todos regozijavam-se com suas façanhas e a quantidade de espólio que tomara para si. A quantidade de metais preciosos era tamanha, que os soldados tomaram, para cada um, pelo menos três animais de cargas, para transportar seus tesouros.
A esquadra agrupou em alto-mar e partiram para Atlândita. Com exceção do navio em que estava a família de Pelegue. Joctã instou firmemente para que seu irmão seguisse com o restante dos escolhidos para Atlântida, porém, com firmeza maior ainda, Pelegue respondeu que deveria cumprir aquilo que o Altíssimo lhe ordenara, pois Ele sempre o abençoara, e não seria o fato de ter que permanecer em Babel que o levaria a desobedecer ao Senhor Altíssimo; além do mais se fosse para Atlântida atrairia a ira do Altíssimo sobre os que lá estivesse. Vendo que não conseguiria demover seu irmão Joctã rumou para uma enseada, nas proximidades de Babel, onde deixou Pelegue e sua família. E rumou direto para Atlântida. Lá encontrou-se com seu pai e sua mãe. Herber viveu mais trezentos anos em Atlântida, e morreu velho e farto em dias.

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