“Liber scriptus proferetur,
In quo totum continetur,”
In quo totum continetur,”
(Um livro aparecerá,
onde está escrito tudo)
onde está escrito tudo)
Quando chegaram as proximidades da foz observaram que todos os dias, ao final da tarde o rio parecia que invertia seu curso, correndo ao contrario. Também sentiram uma brisa suave, com um forte cheiro de sal no ar.
Enfim, na tarde do décimo segundo dia depois que atravessaram o lago chegaram ao grande lago salgado, que se estendia até o horizonte. Todos ficaram maravilhados com a sua imensidão. As margens eram de uma areia muito fina e branca. A largura da margem era de uns duzentos metros e seu comprimento ia até onde a vista alcançava. As águas do lago iam e vinham em ondas produzindo um barulho agradável.
As crianças, ao verem as ondas, imediatamente correram em sua direção e entraram nelas. Os pais ao verem seus filhos indo para a água foram atrás deles com um misto de preocupação e vontade de entrarem juntos nas águas. Rapidamente todos foram para dentro do lago e ficaram surpresos por causa da água ser salgada.
Aqueles que eram pescadores, imediatamente pegaram suas redes e lançaram no lago, pois haviam visto um cardume de peixes. Eram tantos peixes que eles mal conseguiam arrastar as redes para a praia. Os peixes eram prateados do tamanho do antebraço de um homem. Os adultos, ao verem aquela pescaria acorreram para ajudar os pescadores. Conseguiram pescar uma grande quantidade de peixes.
Naquela noite fizeram grandes braseiros e assaram os peixes. Todos ficaram encantados com o sabor dos peixes, pois nunca havia comido nada igual. Festejaram até o amanhecer. Pela manhã, ao nascer do sol, que surgia do meio do lago, fazendo um imenso caminho dourado sobre as águas de cor azul-escuro, a noite gradualmente foi desaparecendo. O escuro da noite transformou-se num roxo intenso, depois numa tonalidade de púrpura. As nuvens exibiam tons que iam do dourado ao vermelho. Aos poucos o sol subiu detrás do grande lago. Transformando a escuridão em dia claro, num espetáculo belíssimo. Cada Semita sentou nas areias da praia e contemplou a beleza do raiar de um novo dia, sob a proteção do Deus Altíssimo.
Sem, o Ancestral, foi o único a falar e disse:
-“De fato, a natureza proclama, para a todos os que vêem, a gloria e o poder do Deus Altíssimo!”. Todo o povo disse amém.
Nenhum comentário:
Postar um comentário