“Quem patronum rogaturus,
Cum vix justus sit seccurus ?”
Cum vix justus sit seccurus ?”
(Que protector procurarei,
quando somente o justo estará tranquilo?!)
quando somente o justo estará tranquilo?!)
Logo ao raiar do Sol, Heber foi despertado por sua mãe que lhe serviu um farto café da manhã, como ele nunca havia comido. Ao terminar saiu junto com seu pai e foi para a reunião do conselho.
Lá já estavam reunidos todos os membros, após as saudações e cumprimentos Sem tomou a palavra e abriu a reunião:
- Meu filhos, dia a após dia temos recebido as bênçãos de Deus, sejamos grato pelo cuidado que ele tem por nós. Nunca nos desviemos de seus caminhos. Conservem seus corações obedientes, ensinem seus filhos e, eu tenho certeza, o Deus altíssimo nunca nos abanadorá. Enfim os preparativos para a construção estão finalizados. Heber retornou de sua missão e devemos ficar cientes da situação atual, cada um relatará o que aconteceu deste a sua partida.
Salá tomou a palavra e disse:
- Não tenho muito a dizer, apenas que, eu e Sem, procuramos ensinar aos jovens os temor ao Deus Altíssimo, a leitura, a escrita, os cálculos e conhecimentos dos antigos. A noticia mais interessante que ainda não lhe contei é que todas as mulheres casadas estão grávidas, logo teremos muitas crianças em nosso meio.
A seguir Arã falou:
- As queixas que acontecem são coisas do cotidiano, na maioria são desentendimentos que são rapidamente resolvidos, quando o povo tem trabalho por fazer, não resta tempo para praticar atos levianos e cometer erros.
Elão, então falou:
- Organizei patrulhas que estão explorando e vigiando o caminho por onde viemos, a grande floresta, a campina do Jordão e as encostas dos montes até o grande deserto. Também estou treinando todas as crianças com mais de dez anos para saberem lutar. Todos os homens com mais de vinte anos devem participar dos treinamentos uma vez por semana, em uma manhã. As mulheres também estão recebendo treinamento, mas apenas a cada quinze dias. Até o momento não encontramos com nenhuma patrulha dos soldados de Ninrod, mas já os vimos rondando no alto do penhasco.
Lude, começou a falar:
- Heber, você sabe que foi contra nossa saída de Babel, graças ao Altíssimo eu estava errado e saímos de lá. Desde o dia que nos chegamos não me canso de ficar maravilhado com a fertilidade destas terras. Logo após sua partida para as minas, eu e os meus homens fomos lavrar as campinas do Jordão e a planície de Megido, nossa safra de trigo e cevada nunca foi tão grande quanto esta. Também a cada dia que vasculhamos a grande floresta encontramos novos tipos de frutas comestíveis ...
- Realmente – interrompeu Heber - desde ontem, quando cheguei não paro de comer novos tipos de frutos.
- De fato – Continuou Lude – descobrimos, nas encostas da montanhas, um novo tipo de cereal, que chamamos de milho, ele é tão bom quanto o trigo, e também serve para alimentar os animais. Estamos tentando aprender a cultiva-lo. Nos alagados do Jordão, encontramos um tipo de planta, que foi chamada de arroz, que já conseguimos cultivar. Heber, quero pedir perdão por desafiá-lo e tentar ir contra a vontade de Deus, ao fazermos o que Ele nos mandou, eu só tenho encontrado bênçãos. Ao terminar de falar Lude abraçou Heber.
Por sua vez Assur, relatou:
- Encontramos madeiras boas para construir barcos. Devido ao tamanho do lago salgado, estamos adaptando nossas embarcações. Pescamos imensa variedade de peixes, inclusive já encontramos alguns que tem mais de trinta metros de comprimento, que são dóceis e chegam muito próximo quando navegamos, um dia tentaremos pesca-los. Ainda não conseguimos atravessar o lago, mas já seguimos a largo das montanhas até o seu fim. Do outro lado encontramos um grande deserto, que ainda não conseguimos atravessar. Porém logo após o fim das montanhas, no começo do deserto, achamos ricas fontes de Betume e um tipo de liquido viscoso e preto, que serve para lubrificarmos e também se presta para queimar, porém produz uma fumaça muito preta e um cheiro desagradável – Fez uma pausa e olhou para Elão, que com um sinal discreto o incentivou a continuar falando – Heber, toda a costa que fica ao lado das montanhas é constituída de uma seqüência de paredes rochosas com mais de duzentos metros de altura, mas qual é impossível atracar. Também encontramos a cachoeira que você relatou. De fato ela cai de uma altura de uns trezentos metros, é uma visão impressionante. Mas logo abaixo dela existe um grande caverna, a entrada é estreita, tem uns setenta metros de largura, por uns cinqüenta de altura. Dentro, ela se estende por mais de dois quilômetros abaixo dos montes, há vários locais onde pode-se atracar, a impressão é que estamos um gigantesco palácio, devido as formações rochosas do teto e das paredes. Quando chegamos ao final da caverna principal, eu e mais alguns descemos e escalamos algumas entradas e descobrimos uma que saia nas proximidades do lago cafarnaum. Ao retornarmos contei ao Conselho sobre esta caverna ficamos preocupados com a possibilidade de ser um local por onde se possa invadir o vale.
- Assur – disse Heber, preocupado – Eu não imaginava que existisse tal caverna. Assim que for possível quero que me leve até lá.
- Estou a disposição. Respondeu Assur.
Então, Hirão tomou a palavra e, um tanto impaciente, disse:
- Todos os preparativos da construção estão prontos. Temos tijolos e pedras suficientes. Os metais que Heber trouxe são da quantidade necessária. As valas das fundações foram cavadas até chegar às rochas de granito. Também recolhemos argila e calcário uma grande quantidade, além das conchas da praia – Hirão olhou para Heber e falou sorrindo – Heber, não sei para o que é que você quer isso, mas nossas crianças levaram essa tarefa tão a sério que todos os dias pela manhã saem e só voltam com seus cestos cheios. Já demarcamos as ruas e lotes onde cada um construirá sua casa. Por fim, construímos os fornos que você desenhou e as os moedores. Gostaria que você nos contasse para que servirão aquelas coisas.
- Amanhã, eu lhes mostrarei a utilidade disso – Respondeu Heber com ares de mistério. E contou como foi sua missão.
Naquela tarde Heber e Hirão, vistoriaram todos os preparativos para começarem os trabalhos em poucos dias. Heber pediu que todos os construtores estivessem pela manhã do dia seguintes, junto aos fornos, para começarem os trabalhos. À noite ele jantou na tenda de Elão.
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