sábado, 25 de junho de 2011

Babel - 20. El-zedeque


“Recordare, Jesu pie,”
(Recordai-Vos, ó piíssimo Jesus)
Quando terminou o verão, imediatamente recomeçaram a construir as estruturas do porto, inclusive grandes galpões para a reforma e construção de navios. Fizeram as fundações das muralhas da quinta, sexta e sétima porta. A quinta porta começava onde acaba o porto, contornava o istmo (sendo que na extremidade construí-se um farol) e seguia junto a praia,  até um grande pedra, ali ela dividia-se em duas, uma ia reto até as montanhas, na qual ficava a quinta porta. A outra seguia num ângulo de quarenta e cinco graus até o forte da praia. Do forte surgia a muralha interna, onde ficava a sexta porta. A muralha externa seguia paralelo a praia onde foi construída uma torre, dali seguia reto até as montanhas onde no sopé foi erguida outra torre, dentro da qual ficava porta para a planície de Megido. No meio da distancia da praia até a montanha estava a sétima porta. Estas três portas eram iguais a quarta porta.
 Todas as ruas de dentro da cidade eram largas e pavimentadas com granito rosa polido. Havia um canteiro de arvores frutíferas no meio das ruas principais, e em todas foram plantadas árvores dos dois lados da rua, formando uma sombra muito agradável no verão.
Nos pátios internos das muralhas foram assim distribuídos: no primeiro e segundo pátio que eram os maiores foram construídas as casas e jardins frutíferos da cidade. No terceiro pátio, onde ficava o porto, era a área das oficinas. No quarto pátio ficavam os depósitos e armazéns. No quinto pátio foi construído o templo e a escola.
Naquele ano também se construiu primeira, segunda e terceira portas. Nas quais se utilizou um aço que não enferruja e é extremamente resistente. Construíram, também, os postos de guarda no alto da passagem.
A mais difícil construção de todas foi o lago Genesaré. Com novecentos e setenta metros de comprimento por seiscentos de largura e dez de profundidade. E com a ilha no centro medindo seiscentos metros de comprimento por trezentos e setenta. Seria a primeira defesa da cidade contras ataques vindas da planície e da grande floresta. Ele começava no sopé das montanhas e terminara nas margens do lago salgado. Representou o maior desafio para Heber, Hirão e Bezalel.
Durante o inverno, eles e suas equipes cavaram um desvio para o rio Jordão. Logo após iniciaram as escavações, durante o verão seguinte o trabalho foi ainda mais árduo devido as chuvas que alagavam as partes escavadas. A terra foi utilizada para aumentar o nível da cidade e construir aterros junto às muralhas para protegê-las do lago salgado. Ao termino de um ano e meio terminaram as escavações e construíram as paredes de pedra ao redor da ilha e do lago. Também foram erguidas as pontes que ligam a ilha aos dois lados do lago, bem como todo o sistema de comportas que regula o nível das águas.
Finalmente o rio Jordão foi desviado para dentro do lago. Demorou quase um mês para enchê-lo e desaguar novamente no mar. Nos dias de muito calor as crianças iam nadar nele.

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