terça-feira, 19 de julho de 2011

Babel 32 - Tumulto


Na manhã seguinte o Conselho foi convocado com urgência para se reunir em Enos no final daquela tarde.
A movimentação em diante da sala de reuniões do Conselho foi tamanha que nunca havia sido vista, os conselheiros estavam alvoroçados. A notícia da chegada do Espião se espalhou tão rápido como fogo em rastilho de pólvora. Curiosos de todas as cidadãs chegavam a todo instante em seus aerotransportes pessoais e se amontoavam diante das portas da sala e nas janelas tentando descobrir algo. As conjecturas aumentavam e já se falavam que Ninrod estava com um exército és portas de El-zedeque.
Dentro, os conselheiros estavam mais agitados ainda. Heber e Elão tiveram grande dificuldade para impor silencio, e mais dificuldade ainda para conseguir que se fizessem os preparativos espirituais. Cada um estava preocupado em como se salvar.
Então após as devocionais, Heber tomou a palavra e disse:
- Irmãos o dia em fim chegou! Tivemos cem anos de paz e prosperidade, muitos acreditavam que jamais teríamos a guerra. Porém ela está a nossa porta. Alguns já propuseram que fizéssemos a paz com Ninrod. Certos Conselheiros mais jovens tem proposto isso já há muito tempo. Pensem irmãos, se tivermos Ninrod com inimigo, cumprindo as ordens do Altíssimo, teremos a ajuda do nosso Deus. Mas se nos tornarmos amigos de Ninrod, o Altíssimo será nosso inimigo. A quem vocês preferem com amigo? Ninrod ou o Deus Altíssimo?
Fez-se tamanho silêncio que era possível ouvir a respiração dos presentes. Nenhum conselheiro que desejava a paz com Ninrod teve coragem de se manifestar. Assur Elevou a voz e disse:
- Eu Assur, conselheiro de Atlântida, em nome de meus irmãos e filhos, escolho ser amigo do Deus Altíssimo! Que assim seja até a minha morte!
A seguir foi Elão quem falou:
- Eu Elão e minha casa seguiremos o Deus Altíssimo até a morte!
Logo após cada conselheiro manifestou o mesmo juramento, alguns, os últimos, dentre eles Judas, disse sem nenhum entusiasmo e negando cada palavra em seu íntimo.
Heber tomou a palavra ao final e disse:
- Eu, Heber, presidente do Vale de Éden, servirei ao Deus Altíssimo até a morte. E declaro, de acordo com a vontade deste Conselho, que jamais poderá paz entre nós e os Filhos e Cam.
Os presentes ovacionaram aquela decisão.
- Agora irmãos, temos assuntos a decidir. Primeiro, sugiro que Pelegue e Elão sejam declarados os comandantes de nossos exércitos e que dêem inicio aos preparativos para a guerra. Que todos os jovens maiores de vinte e um anos sejam imediatamente convocados para o treinamento militar. Qual a posição do Conselho?
Todos aprovaram a decisão.
- Quanto ao espião, ou espiões que forem encontrados. Qual o destino deles?
Várias propostas foram feitas. Um dos acólitos de Judas sugeriu que o espião ficasse sob custodia de algum conselheiro que assim o desejasse. Felizmente esta proposta foi descartada de imediato. Ao termino da discussão aprovaram que ele ficaria preso na torre do campo e El-zedeque, até que se construíssem uma prisão adequada nas encostas próximas àquela torre.
Ao término da reunião cada um saiu para sua cidade, contando as novidades, as expectativas com relação à guerra aumentavam a cada dia.
Elão estabeleceu patrulhas em toda a grande floresta e não tardou em achar os homens de Ninrod que estavam escondidos, todos foram presos juntos com seu chefe.

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