sexta-feira, 29 de julho de 2011

Babel 37 - O primeiro Ataque


Ao tomar consciência da situação Ninrod, decidiu que imediatamente, se desse inicio ao ataque as muralhas de Gilgal. Convocou seus oficiais superiores e lhes disse:
- Homens, amanhã pela manhã, daremos inicio ao ataque para tomarmos esta cidade. Mandem que seus homens se organizem. Ao raiar do sol atacaremos.
O marechal, comandante dos cavaleiros ousou dizer:
- Majestade, filho dos deuses, perdoe minha observação, mas devo alerta-lo que os homens estão exaustos. Acredito que devamos nos retirar até que este incêndio se apague e tenhamos melhores condições para alimentar vosso exercito, e assim atacarmos com todas as nossas forças.
Ninrod levantou-se de seu trono, dizendo:
- Marechal, você bem disse que sou o filho dos deuses. Sou o imperador deste mundo. Meu querer não pode ser questionado – caminhou em direção ao Marechal, colocando-se à sua frente – como você ousa me ofender falando em retirada? Logo eu, aquele que nunca foi derrotado?
Ninrod sacou de um punhal e cortou a garganta do marechal em um golpe tão rápido que mal foi visto. Olhando para o corpo que caia, como que em câmera lenta disse:
- Se esta fumaça nos incomoda, também incomoda aos que estão na cidade – Enquanto falava, limpou a adaga na roupa do general Putim, chefe dos arqueiros – O que eles esperam é que nós nos retiremos para que fujam. Portanto, não lhes daremos está chance. Atacaremos ao alvorecer! Alguém tem mais alguma observação a fazer. Ninguém ousou dizer uma palavra.
Cada um por sua vez saudou Ninrod e saiu berrando ordens aos seus subordinados. Em poucos minutos o acampamento encontrou-se em tal agitção, que era possível ouvir o alarido das muralhas de Gilgal.
Pelegue disse ao seu comandante-em-chefe, Enoque, seu primo:
- Amanhã eles nos atacarão! Ordene que todos tomem seus postos, dobre o numero de vigias. Esta noite todos deverão buscar ao Senhor, pois amanhã seremos provados. O período de espera acabou.
Enoque saiu imediatamente transmitindo as ordens, enquanto Pelegue observava, na direção do acampamento de Ninrod, a densa fumaça que não deixava que visse mais que um metro a sua frente. Seus pensamentos estavam nas palavras do anjo. Na triste sina que veria. Pois, dias antes do começo do incêndio, receberá a noticia de que seu filho havia nascido. Chamou-lhe Reú, assim restavam menos de um ano para a existência de Éden. Pelegue chorou  angustiado, pediu ao senhor que não permitisse tal acontecimento e uma anjo do Senhor lhe apareceu e disse:
- Assim diz o Senhor: “Minha vontade não pode ser mudada. Cumpra com o que lhe ordenei e serei contigo, pois escolhi a sua descendência para abençoar a terra. Sê fiel até a morte e receberá o galardão!”.
O anjo desapareceu. Pelegue desceu dos muros e foi preparar-se para a batalha.
Logo ao anoitecer choveu copiosamente, o fogo apagou-se e a fumaça desapareceu. Por volta da meia noite, o céu estava limpo, sem uma nuvem se quer. A lua estava cheia. Ninrod interpretou isso como um sinal dos deuses para o sucesso de seu ataque.

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