quinta-feira, 21 de julho de 2011

Babel 33. - O Acordo


Naqueles dias, Judas procurou de todas as formas, conseguir um encontro com Ninrod II. Certa noite foi até a torre e disfarçado de serviçal logrou êxito em entrar na câmara levando o jantar. Ao entrar identificou-se e disse:
- Ninrod, sou eu, Judas de Gilgal. Há algum tempo tenho procurado falar contigo, apenas agora consegui. Tenho pouco tempo. Sejamos diretos! Disse muito agitado.
Ninrod percebendo a agitação e apreensão de Judas disse:
- Mas o que o perturba meu irmão? Seu país não é livre? Cada um aqui não pode fazer o que quiser?
- Sim, podemos fazer o que quiser, desde que não já contra as leis do Altíssimo.
- E por um acaso esta lei proíbe que conversemos? Perguntou irônico.
- O conselho proibiu qualquer conversa com você. Por isso estou com pressa. Vamos ao que interessa. Disse Judas mais agitado.
- O que interessa?
- Quero fazer um acordo com você e seu pai.
- Que tipo de acordo?
- Eu e meus partidários queremos a paz. Não somos a favor de guerrear, pois isso desperdiçaria muitos recursos de nosso país. Quero me tornar o líder do conselho, para que possamos viver em paz.
- Nós também queremos a paz. Em breve meu pai estará aqui com os seus exércitos. Nós temos milhares e milhares de homens marchando para impor a paz entre nossos reinos. Mas se você quiser facilitar a nossa entrada nas cidades fortificadas, quando terminar a guerra nós faremos de você o rei dos semitas, desde que jure vassalagem para meu pai e pague os tributos que ele estabelecer.
Judas permaneceu em silêncio, pensando no poderia fazer sendo rei. Que mal haveria em pagar alguns tributos a Ninrod, conjecturou consigo mesmo, eles não tem a menor noção das riquezas que temos a nosso dispor. Além do mais ganharemos muito com o comércio com os Camitas. Em tão disse:
- Desde que jure, agora, que eu serie nomeado rei dos Semitas, concordarei com sua proposta e convencerei meus partidários a me apoiarem e trabalharem a favor da paz.
- Juro por Maat, deus da verdade, que manterei a minha palavra e faremos de você rei dos Semitas.
Então, deram as mãos e se abraçaram em sinal de que o acordo estava selado. Judas saiu apressadamente para imediatamente se reunir com os seus partidários e tramar como cumprir com sua parte no acordo.
Ao sair, Caim, o principal conselheiro de Ninrod II, disse ao seu senhor:
- Meu Senhor, ouvi-lo dizer que o deus da verdade era Maat, mas acredito que os sacerdotes proclamaram Palas para esta atividade?
- Meu caro Caim, Judas não sabe disso. E afinal não temos a menor intenção de poupar um semita se quer. Queremos conquistar suas ricas terras e não dar o reinado a um animal qualquer. Respondeu Ninrod II, feliz com o sucesso de sua artimanha.
- O senhor é muito sagaz. Ouso incomodá-lo mais uma vez, mas como sairemos daqui?
- Ainda não sei, mais em breve descobriremos.

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